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As minhas igrejas preferidas de Roma

Roma é uma cidade emblemática na história do Cristianismo. É impossível caminhar por suas ruas sem se deparar com algumas das mais belas igrejas do mundo. Os afrescos, pinturas e esculturas destas igrejas foram criados por alguns dos mais importantes artistas da História com o intuito de representar passagens bíblicas e fortalecer a fé dos cristãos. E o melhor de tudo é que você pode apreciar estas obras de arte sem pagar um Euro por isso!

A Igreja de San Francesco de Ripa fica na região do Trastevere. Foi construída no lugar da hospedaria onde São Francisco de Assis ficou quando visitou Roma em 1219. A igreja original foi totalmente reformada no século XV.

San Francesco a Ripa

A igreja possui um teto ricamente ornamento, além de belíssimos vitrais. O teto do altar foi pintado a ouro e tem as imagens de Jesus Cristo, a Virgem Maria e os apóstolos.

San Francesco a Ripa

Mas a grande atração desta igreja é a escultura da Beata Ludovica Albertoni. Criada por Bernini em 1624, representa a beata em um estado de êxtase religioso que beira escandalosamente o sexual.

Escultura da Beata Ludovica Albertoni, de Bernini.

Uma das mais antigas igrejas romanas, a Santa Maria del Popolo está localizada na famosa Piazza del Popolo. Diz a lenda que a igreja foi construída no local onde foi enterrado o odiado Imperador Nero. Em 1099, para acabar com os rumores de que o local era assombrado, o Papa Pascoal II ordenou a edificação de uma capela dedicada a Virgem Maria. E em 1227 o Papa Gregório IX mandou substituir a capela pela atual igreja dedicada ao povo.

Santa Maria del Popolo

Esta igreja, embora seja uma das mais simples que conhecemos, possui alguns tesouros guardados. Entre eles estão dois célebres quadros de Caravaggio: a Crucificação de São Pedro e a Conversão de São Paulo.

Santa Maria del Popolo

Outra bela obra nesta igreja é a Capela Chigi, que foi iniciado por Rafael Sanzio e terminada por Bernini após 130 anos do início da construção.

Capela Chigi

A igreja de Santo Ignacio di Loyola foi uma grata surpresa nesta viagem. Ela não estava no nosso roteiro original, mas bastou uma olhada em sua fachada para mudarmos de idéia. E valeu a pena!

Santo Ignazio di Loyola

Construída no século XV, esta igreja possui um impressionante conjunto de pinturas, afrescos e esculturas.

Igreja de Santo Ignazio di Loyola

Mas o que mais chama a atenção nesta igreja é o seu teto. Como não havia a possibilidade da construção de um domo, coube ao artista Andrea Pozzo criar um ilusão de ótica. Ao olhar de um determinado ponto da nave, se tem a sensação de que o teto da igreja se abre para um céu cheio de nuvens, anjos e santos. Pelo nível de detalhamento e o efeito obtido, para mim, esta pintura se equipara ao teto da Capela Sistina.

Igreja de Santo Ignazio di Loyola

Construída sobre um templo dedicado à deusa Minerva, a igreja de Santa Maria Sopra Minerva tem uma fachada extremamente simples, mas com um belo interior.

Santa Maria Sopra Minerva

Única igreja de estilo gótico de Roma, abriga os sepulcros dos Papas Leão X e Clemente VII, além de Catarina de Siena, santa muito popular na Itália. Sua bela abóbada está pintada predominantemente na cor azul, com detalhes em vermelho e amarelo, e repleta de imagens de santos e mártires.

Santa Maria Sopra Minerva

O maior tesouro desta igreja é uma obra de Michelangelo: A Ressureição de Cristo. Trata-se de uma representação incomum de Cristo inteiramente nu, sem feridas e musculoso. A imagem escandalosamente nua de Cristo gerou tantos protestos que as autoridades da igreja tiveram que acrescentar uma tira drapeada de bronze para cobrir partes da escultura.

Santa Maria Sopra Minerva

A igreja de Santa Maria Maggiore, uma das maiores basílicas de Roma, foi fundada no século V. Ao longo dos anos recebeu diversos nomes até ser designada pelo atual, Santa Maria Maior em português, pois trata-se da maior igreja dedicada à Virgem Maria na Cidade Eterna.

Ao chegar nesta igreja, fiquei intrigado com o seu visual incomum, embora imponente.

Santa Maria Maggiore

Alguns metros adiante, descobri que havíamos chegado pela praça que dá acesso aos fundos do edifício. A fachada frontal é tão bela e tradicional quanto outras igrejas de Roma.

Santa Maria Maggiore

O interior da igreja preserva o padrão romano de construções do século V, com um nave larga e alta, várias colunas de mármore, e um teto semicircular na extremidade sobre o altar.

Santa Maria Maggiore

O mosaico do altar, todo pintado a ouro, representa a coroação da Virgem Maria. Nas laterais da igreja estão dispostas  diversas capelas. Um relíquia exibida aqui são alguns pedaços da cruz de Cristo, abrigados em um relicário do século XIV.

Santa Maria Maggiore

A igreja de San Pietro In Vincoli, fundada no século IV, não está entre as mais famosas e procuradas de Roma. A sua fachada simples sequer parece pertencer a um templo religioso. Mas eu tinha um interesse especial nesta igreja.

San Pietro In Vincoli

Embora boa parte da construção original esteja mantida, o prédio passou por diversas reformas ao longo dos séculos. A igreja abriga uma relíquia católica: as correntes que supostamente prendiam São Pedro na prisão.

San Pietro in Vincoli

Mas o motivo do meu interesse nesta igreja é uma belíssima obra de Michelangelo, destinada a ornamentar o túmulo do Papa Júlio II: a estátua de Moisés, que ocupa a parte central do túmulo. Diz a lenda que, após terminá-la, Michelangelo passou por um momento de alucinação diante da grande beleza desta obra. Então ele bateu com um martelo na estátua e começou a gritar: Porque não falas? (se Hugo Chávez estivesse presente neste momento, creio que a frase de Michelangelo seria outra)

San Pietro in Vincoli - Moisés, de Michelangelo

De fato, a perfeição da estátua é impressionante! Tive a sensação que, a qualquer momento, Moisés se levantaria da sua cadeira e sairia caminhando pela igreja para dar uma volta. E estranhamente, Michelangelo fez o seu Moisés com um par de chifres!

San Pietro in Vincoli - Moisés, de Michelangelo

Roma possui mais de 100 igrejas. Infelizmente só conheci algumas, mas estas são as minhas preferidas.

As minhas praças preferidas de Roma

A melhor maneira de explorar Roma é andar a pé pela cidade. Desta forma você pode se deparar com tesouros históricos quando menos esperar, como por exemplo, ao virar em uma esquina e chegar a uma das belas praças da Cidade Eterna.

Uma das primeiras praças que conhecemos por lá foi a Piazza del Campidoglio, localizada no Monte Capitólio, uma das famosas sete colinas de Roma. Projetada por Michelangelo a pedido do Papa Paulo III, esta praça tem o formato de um trapézio e está cercada por três palácios: o Palácio do Senado, o Palácio dos Conservadores e o Palácio Novo, que atualmente abrigam o Museu Capitolino.

Piazza del Campidoglio

No centro da praça está uma estátua do Imperador Marco Aurélio montado em um cavalo.

Piazza del Campidoglio

O principal acesso a praça é feito por uma grande escadaria, a Cordonata, que possui duas grandes estátuas de Castor e Pólux.

A Cordonata

Uma das mais antigas e famosas praças de Roma é a Piazza Navona. Cercada por vários restaurantes e cafés, esta praça de formato retangular está sempre lotada de turistas. Na praça, além do Palazzo Pamphilli, sede da Embaixada do Brasil, e da Igreja de Santa Agnese estão situadas três fontes: a Fonte dos Quatro Rios, de Bernini, ao centro, a Fontana del Moro e a Fonte de Neptuno nas extremidades.

Piazza Navona

A Fonte dos Quatro Rios é uma belíssima obra criada por Bernini em 1651. Ela simboliza quatro grandes rios que representam seus respectivos continentes: o Ganges (Ásia), o Danúbio (Europa), o da Prata (as Américas) e o Nilo (África). O obelisco central é uma cópia da Era Romana.

Fonte dos Quatro Rios

Outra famosa praça de Roma é a Piazza di Spagna, batizada assim devido a proximidade com a Embaixada Espanhola junto ao Vaticano. A elegante escadaria é a marca registrada desta praça, que está sempre lotada de turistas e fica ainda mais bela no mês de Maio, quando fica coberta por azaléias.

Piazza di Spagna

O nome da escadaria em italiano é Scalinata della Trinita dei Monti, em referência a Igreja Trinita dei Monti, que está situada no topo da praça.

Piazza di Spagna

A célebre Piazza del Popolo está cercada por três igrejas: as “gêmeas” Santa Maria in Montesanto e Santa Maria dei Miracoli e a famosa Santa Maria del Popolo. No seu centro está um obelisco egípcio do ano 1200 a.C. com 24 metros de altura, cuja base está em uma fonte composta por quatro piscinas de onde estátuas de leões jorram água.

Piazza del Popolo

Na lado sul da praça está a antiga Porta Flaminia, rebatizada de Porta dela Popolo no século XVI em homenagem à vizinha igreja de Santa Maria del Popolo.

Porta dela Popolo. À esquerda está o Igreja de Santa Maria del Popolo.

A Piazza Venezia recebe este nome devido ao Palazzo Venezia, que já foi utilizado por um breve período como residência do Papa. Na praça está localizado também o Monumento Vittorio Emanuele II, conhecido também como Il Vittoriano, inaugurado em 1911 em homenagem a Vittorio Emanuele II, o primeiro Rei da Itália Unificada. Atualmente abriga o Museu do Ressurgimento, que conta um pouco da história de como a Itália voltou a ser um único país. Do alto do momumento é possível ter uma bela vista do Coliseu e Foro Romano.


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